Nesta quarta-feira, véspera de
feriado, Pedro, trabalhara até as onze. Tinha o pescoço e os outros músculos de
seu corpo, tensos e doloridos. No entanto, seu esforço era válido. O seu dia
fora altamente produtivo.
Antes mesmo de terminar de verificar o
último relatório, a sineta que indicava o fim do expediente soa.
Enfim, mais um dia de labuta cumprido
findara-se, amanhã sentaria-se na frente da tevê e beberia uma cerveja
estupidamente gelada.
--Tchau, Pedro. Bom feriado— desejava
feliz o porteiro.
--Pra você também Gustavo— responde o
jovem moço, moreno, de olhos castanhos escuros e lábios vermelhos e grossos.
A lua cheia daquela noite estava
encoberta por nuvens densas e negríssimas. Será que choveria amanhã?Não. Isso
não podia acontecer. Nada poderia estragar seu tão precioso feriado.
Fora do escritório, carros iam e
vinham rareando aos poucos. Trabalhava há três anos como advogado daquele
escritório.Tivera muita sorte em conseguir a vaga, assim que, saíra da
faculdade.O salário era suficiente pra ele ,Nívea(sua esposa) e seu pequeno
casal de filhos.
O vento frio e célere chicoteava seu
rosto, apesar de estar vestindo blusa de frio o frio pareci-lhe que penetrava
os ossos.
Infelizmente, naquela quarta, não
trouxera o carro. Também era algo impossível, pois o motor morria com muita
facilidade e com isso mandara-o pra oficina.
Teria que pegar um coletivo e mais um
trem.
Olha pro relógio deixado de herança
pelo pai que morrera leucêmico. Meia-noite e meia diziam os ponteiros de prata.
Chegaria a casa as uma da matina.
***
Galga o passamento e adentra numa rua.
Rua essa que tinha apenas, um único poste elétrico, cujo de quando em quando
ficava a piscar.
Pra onde ia o dinheiro dos altíssimos
impostos pagos por cidadãos como ele? Isso era um verdadeiro mistério.
Chega ao ponto de ônibus. O lugar
estava quase vazio, pois havia sentado nele, uma pequenina menina de cabelos
anelados como ouro e pele branca, pálida como a mais delicada porcelana.
A menina balançava os pés pra lá e cá
num ritmo suave e harmonioso.
--Olá, garotinha, qual o seu
nome?—pergunta Pedro aflito. Onde estariam os pais desta garota? Céus!Cada vez
mais vemos estes pais desnaturados, desatentos,que abandonam os filhos com
pretextos estapafúrdios!
--Karina— responde a fragilíssima
garota de olhos prateados, gélidos como aço.
--Onde estão seus pais
Karina?—interroga o jovem advogado, a essa altura querendo descobrir, o que uma
criaturinha tão inocente e meiga fazia ali, solitária. Via-se que Karina passava
frio, pois sua pele estava branca quase esverdeada.
--Morreram... —disse a garota
agachando aquela sua cabeleira de anéis dourados.
--E seus tios...? Ou avós...?
--Morreram todos... —fala em meia voz
quase sumida.
--Não há ninguém da sua família responsável
por você?—pergunta incrédulo.
--Todos estão mortos... E estou com
muita fome— diz ela num cicio quase inaudível.
--Não ouvi, fale mais alto— diz Pedro
aproximando seu pescoço e ouvidos dos lábios de Karina.
--Repita o que você disse Karina...
Vamos repita..!
--ESTOU COM FOME!!—anuncia a garota
retraindo os caninos e os fincando no pescoço de Pedro.
Ele tentara tirá-la de cima de si,
porém não o conseguira. Como um ser daquele tamanho possuía tanta força?Em
pouco tempo desistira da luta como se fosse um camundongo que perdera a batalha
a uma cobra.
Passado meia hora, Pedro prostara-se
no chão. Não adiantava mais resistir. Já não o podia fazer. Fora
embranquecendo, embranquecendo como uma sulfite estava perdendo sangue e
energia...
Quando Karina se dera por saciada, a
lua cheia e gorda resplandecia belamente no céu feito de trevas sem estrelas.
Era o auge de sua beleza.
E o pobre cadáver de Pedro, jazia
inerte e oco na sarjeta.
Já não vivia mais.
Karina sorria satisfeita com os lábios
sujos de sangue.
Ameeeeeeeeeeeeiiiiiiii o conto, tu escreves muito bem, amo historias macabras tipo essa, gostei da Karina, rsrsrs menina má,beijos.
ResponderExcluirhttp://loucurasedevaneiosbyliza.blogspot.com.br/
Muito bom o conto sobre a jovem garota vampira.
ResponderExcluirhttp://desventuras-em.blogspot.com.br/
Olá, Raffael!
ResponderExcluirTerei o maior prazer em indicá-lo no blog!
Farei isso já, depois entre lá e confira!
Um abraço,
Giovanna Rubbo
www.giovannarubbo.blosgpot.com