Olá, ainda estou vivo!
Gente me perdoe à demora a postar o
terceiro capítulo desta série. Porém, para tal tenho uma ótima desculpa:
1°Tive um problema novamente com minha
net. O telefone ficara mudo durante vários dias e com isso, fiquei
impossibilitado de me comunicar.
2° Devido às provas como o SARESP
estarei me ausentando, contudo, tentarei ao máximo postar os outros capítulos
desta série.
Aviso dado, então, só vos resta curtir
este capítulo escrito por mim, com muito encantamento.
Desde já,
Raffael Petter. (:
***
3. Topando
com Belzebu, o príncipe das trevas.
O ritmo de
nossa corrida mantinha-se veloz o suficiente para que nossos pés não tocassem o
solo juncado de folhas secas de outono. Nossas narinas iam dilatadas, farejando
no ar o cheiro de anjo próximo. A trilha colorida acima de nossas cabeças ainda
era mantida, mas aos poucos ela ia se dissolvendo no negrume da noite.
Corríamos feito duas verdadeiras lobas famintas em busca de sua presa.
Porém, aquilo
estava me cansando. Aquele corpo obeso que era minha morada, sem quaisquer
dúvidas, não fora feito para corrida. Perdia o fôlego rápido. E além de que,
aquele excesso de gordura me deixava muito mais lenta.
Ao contrário
de mim, minha colega permanecia inalterável. Os cabelos lhe flutuando docemente
e um sorriso irônico a lhe estampar a face.
Daria minha
alma (se tivesse uma) para saber o que se passava naquela cabeça...
***
Rúbia está
muito enganada se acha que dividirei a glória da captura do anjo. Há! Como ela
é tola. A glória pertencerá somente a mim. Penso as vezes que ela até muito
burra pra ser um demônio. A idiota acreditara tudo em que eu falara. No
pacto...
Pacto esse que
pode ser facilmente quebrado... Basta que uma de nós seja morta. Como assim
morta? Demônios como qualquer coisa neste universo morrem. Deixam de existir,
viram sei lá o que. Para isso é necessário uma espada de arcanjo. Uma daquelas
espadas de quase um metro e meio feitas de prata, ouro e bronze celeste, que se
furar o peito de um demônio, o mataria.
Houve casos,
lá na grande guerra quando Lúcifer caíra e vários anjos o acompanharam (que se
tornaram demônios imediatamente, assim que suas asas deixaram o reino do céu)
tiveram cicatrizes profundas, provocadas pelas laminas dos arcanjos.
O plano que
tinha em mente seria muito, muito mais muito genial para me livrar desta
idiota. Pensava nisso quando meu corpo, de repente, cai no chão como um bloco
de cimento. Tento mover meus olhos na direção de Rúbia.
Ela também
caíra.
Olho a minha
frente. Olho pras botas gigantes de couro negro... Não, não podia ser ele...
Tento dar um grito de fúria, mas ele volta-se e se cala...
***
--Olá,
garotas? –-cumprimenta-nos, um cara alto de pelo menos dois metros de altura,
braços grandes e musculosos com um cabelo roxo no mais claro estilo punk de ser.
Então, fora
ele. Por isso que não consigo mover meus músculos que estão todos retesados, paralisados.
O mero ato de se levantar tornara-se algo impossível de se realizar. Minha
coluna, aparentemente, estava lesionada. Algo fazia pressão sobre ela e sobre o
resto de meu corpo.
Tudo fora
muito rápido e inesperado.
De chofre, eu
e Rubie estávamos de cara no chão comendo folhas.
--Vejo que eu
não fora o único a vir atrás do anjo... Aliás, vocês sabem onde ele
está?—interroga-nos Belzebu o príncipe do inferno. Ele ocupava a cadeira
direita, perto de Lúcifer, na hierarquia bestial. Era um dos mais poderosos lá
embaixo.
Nossos corpos
subitamente elevam-se do solo. Flutuam feito duas marionetes descoordenadas.
Íamos à direção das tenazes mãos do príncipe das trevas que prontamente nos
agarra pelo pescoço como uma mãe agarra ao seu filho pelas orelhas quando este
faz má criação.
--Vamos
digam... Se não quiserem voltar ao inferno... —ameaçara ele fechando aos poucos
os dedos em nossos pescoços.
Droga!Não
podíamos dizer a verdade. Todavia, não queria voltar nem tão cedo ao inferno.
Olho pra Rubie como se naqueles olhos estivessem inscritos a respostas de como
eu deveria agir...
***
Merda!Agora
mais essa!Belzebu tinha que sair das profundezas pra atrapalhar meus planos
justo agora?!. Maldição!Tinha que pensar rápido.
--Tá, tá...
Nós te levamos até o anjo... Mas nos largue, você está nos sufocando... —digo já
com ar rareando em meus pulmões. Ele nos larga no chão. Nossos movimentos
retornam olho pra Rúbia.
--Então, diga
onde ele está ou...
Não havia
alternativa. Ou eu contava ou voltava imediatamente ao inferno. Suspiro e
conto.
***
Vou retomando
aos poucos a minha consciência.
Minha cabeça
doía como se a tivessem-na martelado diversas vezes. Olho o meu redor, tentando
localizar-me. Onde estaria?
O lugar tinha:
um cheiro forte e denso de madeira mofada que me dava vontade de vomitar; uma
atmosfera pesada e escura que existia por não haver janelas.
A única coisa
que iluminava aquele grande espaço era a tênue chama dum pequeno lampião que
estava no meio deste.
Tento me
levantar.
Pego da concha
reluzente (não sei o porquê fiz isso, mas era como se ela me chamasse). E tento
seguir caminho com lampião qual segurava a minha frente para iluminar meus
passos.
Demoro um
pouco até encontrar a grande e quadrada porta de madeira.
Sorrio. A
porta estava sem trancas!
Empurro a
porta com todas minhas forças. Já podia ver o dia raiando lá fora no horizonte,
estava prestes a dar um passo para liberdade quando...
Quando algo me
puxa pelas minhas costas como se nelas houvessem perfurado dois anzóis. Droga!
--Aonde você pensa
que vai?—diz-me Miguel, o meu suposto pai. Ele tinha suas mãos fortes em cima
de meus ombros. Sentia-me como um camundongo com o rabo preso na pata dum gato.
O olho. Cara, não conseguia acreditar completamente em nada no que ele falara.
Tudo não passava duma balela alucinante.
Todavia,
alguma coisa lá no fundo de meu coração, bem lá num recanto escondido, apontava
uma possibilidade de aquilo tudo ser verdade. Mas se fosse mesmo verdade, por
que eu não conseguia me lembrar de nada?
--Miguel... me
conte a verdade...—peço aquele homem de
olhos azuis ,puros que não tinha margens pra mentira.
Ele solta um profundo
suspiro e então diz:
--Está bem te
contarei tudo, mas peço-lhe o seu perdão antes meu filho...
A finérrima
luz da lamparina bruxuleava de lá pra cá. Aquela luz me era inútil agora, pois
emanava de Miguel uma luz branca e calma, que lhe era natural.
Mas por que eu
tinha que perdoá-lo? Não me lembro de nada do que me tenha acontecido. Será que
fora algo grave? Será, será, será... Mesmo que ele houvesse tentado me matar,
não conseguiria me lembrar. Respiro fundo e digo:
--Sim... te
perdôo ... Agora me conte tudo que acontecera... Por favor...
--Tudo começou
quando...
Nesse momento
uma forte luz branca invade aquele galpão cegando-me. Miguel como se eu fosse
uma bola de beisebol me atira longe. Sinto a cabeça bater em algo duro e eu não
vejo mais nada.
Mas senti a
partir daquele momento, que algo me aconteceria.
***
--Rubie...
Você ficou louca cara?—pergunto eu jogada no chão. Meu pescoço ainda doía muito
o esfregava tentando amenizar o dolorido do apertão.
A minha resposta
fora apenas risadas. Tinha duas teses para aquilo:
a)
Aquela tentativa de
enforcamento obstruíra a passagem de oxigênio, deixando-a com o cérebro
descompensado.
b) Ela
ficara tão traumatizada com toda aquela situação que agora estava ali jogada no
chão rindo feito uma hiena louca.
--Ai,
Rúbia, como você é ingênua... Você achou mesmo que eu entregaria o jogo assim,
tão fácil? Querida, você não conhece
aquele velho dilema: nunca acredite num demônio?
--O
que você fez?—pergunto curiosa.
--Simplesmente,
indiquei o caminho errado. Fi-lo acreditar que o caminho que neste exato
momento que Belzebu percorre seja o correto.
--Cara,
isso não fora muito arriscado...
--Mas
lógico que é arriscado. Belzebu é o príncipe das trevas... E é por isso que
devemos nos apressar. O dia está quase nascendo... Vamos querida o que você está esperando?Temos de correr, se quisermos
pegar aquele anjo... —disse ela levantando-se do chão juncado de folhas.
Então,
isso significava que ela indicara o momento a certo ponto, omitindo certa parte
que levaria o príncipe das trevas a um lugar totalmente errado. Deveras, Rubie
me surpreende cada vez mais.
Sorrimos
uma pra outra. E recomeçamos a corrida ao anjo.
Se
Belzebu descobrisse estaríamos mortas.
CONTINUA
Eiii Raffa,
ResponderExcluirEstou te segindo tbm.. seu blog tbm é muito bonito, adoro blog's autenticos, em relação ao layout do meu blog eu nem lembro como fiz, eu fui futucando pegando uma foto daqui outra dali e deu no que deu rsrs.. mas eu ando meio afastada de lá , voltei por agora eu uso mais a minha pagina essa aqui:
https://www.facebook.com/pages/SECRET-FEELING/131268593643160 se puder seguir.. :D
Beijokas
Niki
meu, Rúbia realmente é ingênua! Esperando pelos próximos capítulos :)
ResponderExcluirAgora fiquei curioso com a história de Miguel. A Rúbia não me parece tão ingenua assim, vou ficar esperando pra ver o q é que vai acontecer agora
ResponderExcluirA Rúbia não é ingênua mesmo.Rubie que se cuide kkk não se pode confiar NUNCA MESMO na palavra de um demônio.
ResponderExcluirO 4° capítulo já postei é só conferir!
Obrigado a todos.
Abraços!!