- Por que
tínhamos de vir justo pra cá Marcos? Credo, esse lugar me dá arrepios... —disse
Lorena esfregando os braços. Estava frio e uma densa neblina cobria todo o
Alcatraz.
-Ué,fotografar...
-Não seja
cínico Marcos...—disse ela sorrindo.—Viemos aqui por causa do meu ensaio
fotográfico. Nada mais.
-Certeza?—disse
ele erguendo a sobrancelha grossa.
-Sim,
certeza –responde atrevida. Aproximou-se de Marcos. Beijou-o e pegou da máquina
que estava em suas mãos.—Tire a roupa,vamos.
-Você está
louca?
-Não.
Vamos, tire a roupa.
Marcos
sorriu e começou a se despir. Casaco, calça e sapato. Ficara só de cueca.
Fora então
que Lorena começara a fotografá-lo: click,click,click.
Tirara muitas fotos, muitas.
-Acabou
já?—perguntara Marcos ao notar que Lorena parara de tirar fotos subitamente.
Centrada, ela observava a máquina. Isso preocupara Marcos. —O que foi?
Estende a
máquina ao fotografo.
No visor,
Marcos estava com a língua pra fora e vesgo, mas o que chamava atenção era a
pessoa atrás dele. Um homem com saco de papel na cabeça com dois furos na
altura dos olhos, segurando um machado. Olhou imediatamente para trás.
Não havia
ninguém.
Se não leu o conto anterior a este , leia-o aqui!
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