4. Irmãos?
Alieta
estacionou o carro bem em frente à casa do Tyler. Para chegarmos ali, tivemos
de passar uma estreita estrada de terra, depois tivemos de passar por uma ponte
feita de troncos grandes de árvores, cuja abaixo dela corria um riacho.O
casarão de Tyler, pelo o que Aliete havia me dito durante a viagem, se
localizava no coração daquela floresta. Era a única construção que possuía a
permissão de estadia naquela reserva. Isso se devia, pois era considerado um
verdadeiro monumento histórico, pertencente ao século 18.
Realmente,
a casa estava muito bem conservada.
A
sua enorme e clássica estrutura mantinham-se oponente. Composta de dois andares
e um belo jardim era considerada uma das casas mais belas e cobiçadas das
redondezas.
Porém,
seu dono não estava nem aí para as propostas exorbitantes. Não precisava de
dinheiro. Era dono da maior floricultura de toda a região. Chegava a exportar
as suas flores para outros estados. Percebia-se a qualidade de seu trabalho
através de seu vasto jardim com: árvores, arbustos e flores explodindo, nos
mais diversos tons e matizes.
Fiquei
sabendo disso tudo, porque Alieta como uma futura jornalista, me informara.
--Então?—começa
Alieta assim que saímos do carro. —Ainda temos tempo, suficiente para você me
contar o que veio fazer aqui...
Rá!Mais
nem sob tortura eu contaria!
Eu
ia falar que contaria depois e que agora não dava, quando ,de repente, sou
invadida por sensação esquisita. Uma sensação que meu corpo já havia sentido e que
agora se repetia a dose. Sou paralisada por um medo que me deixa dura como uma
estátua. Apesar disso meu corpo arrepiava-se ao ouvir cada passo dele.
Bastian.
Rapidamente
pego Alieta pelos pulsos e corro para trás do carro, na direção contrária dele.
Alieta
me olha com olhos esbugalhados e abobalhados. Olhava como se eu fosse louca.
Prendo
a minha respiração. Se ele nos ouvisse estaríamos mortas.
Podia
até ver a manchete de algum jornal sensacionalista: “Garotas são mortas por
animal desconhecido.”
E
o que ele estava fazendo ali, na casa do Tyler? Será que ele estaria para
matá-lo? Bem que eu pude ver um sorrisinho cínico estampado na cara dele...
--Mas
Darling aquele...
Antes
que ela terminasse a frase meto a mão na boca dela, fazendo com que sons surdos
saíssem de dentro dela. Não podíamos correr o risco. Tínhamos de ficar em
silêncio, pois a audição dessas criaturas são uber-poderosas.
Ele
não hesitaria em nos matar.
Aos
poucos vou erguendo minha cabeça para ver se ele já havia caído fora.
Aparentemente sim. Mas não podia arriscar, já que ele podia estar escondido em
algum lugar esperando que nós nos movêssemos.
Ainda
segurava firmemente a boca de Alieta, quando ela me morde a mão.
--Aiiiiiiii
— grito baixamente temendo que Bastian pudesse ouvir. —Por que você fez isso
Alieta!?
--É
que eu queria te dizer que aquele é Bastian Black irmão de Tyler Black...
De
repente, meu mundo desmorona. Minha cabeça regira. Era como se ela tivesse sido
jogada dentro de um liquidificador num ritmo alucinante.
E
como se eu fosse uma velha caquética pergunto:
--O
que você disse?
Ela
arfa impaciente e diz:
--Bastian
é irmão do Tyler, Darling...
Engulo
minha saliva.
Bastian
era um vampiro, logo Tyler era um... Era um vampiro também!
***
--Tem
certeza que você não quer ir lá falar com ele, Darling?—pergunta Alieta dentro do carro.
--Não,
melhor não. Quero voltar pra casa e só— respondo.
Queria
voltar pra minha casa e refletir. Havia muitas perguntas quais eu queria respostas.
Uma delas é que Tyler sendo um deles por que ele impediu que seu irmão me
atacasse? Por que ele não o deixou sugar todo sangue de meu corpo? E por que
ele não me atacou assim como o seu irmão?
Perguntas
e mais perguntas.
CONTINUA
Texto impecável, li aos anteriores e adorei. Ansioso para a continuação. Até mais, http://desventuras-em.blogspot.com.br/
ResponderExcluirMuito,obrigado!
ExcluirAbraços!