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Desde que saímos daquela ilhota em Fernando de Noronha estou
trancado aqui neste quarto caiado de hospital. E ainda por cima ,não podia me mover: braços e pernas atados por cintos duros de couro a cama que estava deitado. Sentia-me preso num hospício. O pior de tudo é não conseguir lembrar como e o motivo de vir parar aqui.
Só lembro que quando cheguei aqui era de manhã – sabia que era manhã, pois a luz do dia infiltrava a persiana entreaberta- e que fora despertado por um doutor de cara muito sinistra.
Só lembro que quando cheguei aqui era de manhã – sabia que era manhã, pois a luz do dia infiltrava a persiana entreaberta- e que fora despertado por um doutor de cara muito sinistra.
***
- Como você está se sentindo meu jovem?—perguntou um homem a
minha frente de jaleco branco e que me perscrutando por detrás daqueles óculos redondos,
de lentes fundo de garrafa.
-Bem... —tentei mentir, no entanto, os olhos do velho médico
não me permitiam. —Acho...
-Sente alguma dor?—disse arregalando os olhos. —Seja
sincero...
Relutei. Sabia que contando a verdade não sairia dali tão
cedo. Mas a dor atrás da minha coluna perto das costelas era excruciante.
-Estou com uma dor na coluna...
- Normal. —falou como se a maldita dor que eu estava sentindo fosse algo banal como uma gripe.
—É o efeito dos medicamentos.
- O que eu tenho ?
Doutor....—procurei pelo nome dele,no crachá espetado em seu jaleco:
Elias.—Elias?
- Sim,Elias. É só uma virose muito violenta que você e sua
amiga adquiriram por irem longe demais. Por irem, naquela parte de Noronha...
De repente, minha cabeça estala e meu coração incendeia:
Clara também estava ali. Contudo, como ele sabia que tínhamos ido para aquela parte
da ilha? E como fomos parar naquele hospital? E quanto tempo estávamos nele? E haveria alguém em nossa busca?
Antes que pudesse obter respostas para tais perguntas, um alarme ecoa.Uma sirene,semelhante a um grito desesperado de uma mãe que acaba de parir e descobre que seu filho está morto.
Antes que pudesse obter respostas para tais perguntas, um alarme ecoa.Uma sirene,semelhante a um grito desesperado de uma mãe que acaba de parir e descobre que seu filho está morto.
Elias correu para o telefone fixado na parede:
-O que está acontecendo? CO-MO AS-SIM E-LA FU-GIU?—perguntou
oscilando o humor.A cara plácida de antes ,dera o lugar a máscara decomposta de
raiva.
- O que foi Elias?—perguntei após desligar.
-Nada. Não se preocupe tudo ficará bem, meu jovem rapaz. –respondeu
tocando em meu ombro com uma nervosa leveza. —Tudo ficará bem.
***
-Vamos, falta pouco. Olha o aviãozinho....—disse Camille numa
voz infantil,tentando assim com que eu comesse aquela comida papa.—Ok,chega por hoje
,então.
-Então, o que acontecera hoje?
-Não, posso contar. —disse ela recolhendo a bandeja com
sobras e colocando no carrinho de alumínio.
-Por favor,Camille—disse segurando seu punho. Camille
arrepiou-se, estremecendo de desejo. Sempre durante as refeições ela
desamarrava as minhas mãos para que pudesse tomar suco. Mas isso viera depois
de muita persistência e calma. Tive de ir conquistando-a aos poucos.
-Você não confia em mim ? Hein? Não confia?—questionei
puxando-a para mais perto de mim. Os olhos puxados dela se comprimiram. Arfava,
excitada. Umedecia-se. A beijo.
***
Noite. Lua cheia. Suava frio. Costas coçavam e doíam num
ritmo alucinante, infernal. Pego do espeto que Camille usava em seus cabelos
negros e desamarro meu tornozelos.
Pronto. Estava livre.
Dou uma verificada nos batimentos cardíacos de Camille
adormecida no chão. Após beijá-la a sufocara por tempo apenas suficiente para
desmaiá-la. Sem matá-la. Peguei-a e a amarrei na cama. Procurei pelas chaves no
bolso de seu jaleco. Abro a porta. Saio.
***
Precisava encontrar Clara. Seria difícil, pois dos dois lados
daquele extenso e interminável corredor, havia portas com quadradinhos. Com
cuidado, vou olhando um a um.
De súbito,um grito de mulher.
A voz era de Clara.
***
Paro bem em frente ao quarto de onde viera o grito. Pego a
chave de Camille e a enfio na fechadura. Era uma chave mestra. Abria qualquer porta,mas a única porta que queria abrir era aquela
onde Clara estava.Giro a maçaneta e empurro a porta...
***
Fecho a porta atrás de mim.
Olho para o leito bagunçado: as amarras haviam sido rasgadas.
-Clara?É o...
Antes que terminasse de chamar por ela, a encontro trepada no teto do quarto. Aquela
não era Clara. Aquilo que via não era humano. Era um hibrido entre a espécie humana e a animal.
Uma aranha no caso,que se alimentava...Se alimentava do doutor Elias,que estava branco como papel...
Uma aranha no caso,que se alimentava...Se alimentava do doutor Elias,que estava branco como papel...
A criatura parecia não
me notar.
Contenho um grito de pavor. Aquela era Clara. Sim,era ela. Notara isso ao ver os fios de cabelo ruivos dela sacolejarem para lá e cá. Tombei de joelhos no chão. A dor me rasgava por inteiro agora... Minha cabeça fervia, parecia que ela a qualquer momento explodiria como se fosse uma melancia dentro de um micro-ondas. Meus punhos cerrados formavam nodoas no piso frio do quarto. Minha pele começa a coçar: vou coçando-a,coçando-a,coçando-a numa tentativa falha de alivio.Coceira e dor: dor e coceira. Apenas duas palavras que me definiam naquela momento...
Contenho um grito de pavor. Aquela era Clara. Sim,era ela. Notara isso ao ver os fios de cabelo ruivos dela sacolejarem para lá e cá. Tombei de joelhos no chão. A dor me rasgava por inteiro agora... Minha cabeça fervia, parecia que ela a qualquer momento explodiria como se fosse uma melancia dentro de um micro-ondas. Meus punhos cerrados formavam nodoas no piso frio do quarto. Minha pele começa a coçar: vou coçando-a,coçando-a,coçando-a numa tentativa falha de alivio.Coceira e dor: dor e coceira. Apenas duas palavras que me definiam naquela momento...
***
Estava no banheiro, de Clara. Havia deitado na banheira dela.
O porre deve ter sido feio. Muito. Estava com uma dor de cabeça horrenda. Vou a
pia: ligo a torneira,formo uma concha com as mãos e molho o rosto. O contato de
minha pele na água fez com ela ardesse e formigasse. Olho-me no espelho.
Apalpo meu rosto.
Aquele não podia ser o meu rosto, não, não, não podia.
Grito.
Meu rosto se deformara. Transformara-se em algo horrendo.
Inumano. No lugar de minha cabeça,jazia a cabeça de uma aranha: quelíceras no
lugar da boca e nariz;e vários olhos pequenos ,vítreos e reluzentes como jabuticabas.
Soqueio o espelho, esmigalhando-o. Clara aproxima-se de mim.
Também se transformara.Éramos aranhas humanas.
Se ainda não leu o primeiro conto dessa série é só clicar aqui.
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EIIIIIIITA PEGA!!!!!!! ME CAGANDO AQUI. CARA COM TU PODE FAZER OUTRA HISTÓRIA PERFEITA DESSAAAAAA!!!! ME DE A POÇÃO QUE TU FAZ PRA DEIXAR ELAS TÃO PERFEITASSSS ASSIIM!!!!
ResponderExcluirde sua Fã um beijo.