sexta-feira, 29 de novembro de 2019

O Assassinato de Marat : Como Aconteceu

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A morte de Marat ,por Jacques-Louis David.

                                                                               
A história que vocês irão ler  abaixo, é baseada em fatos reais.

Marat 

Aquele escritório-banheiro onde o velho Marat estava era o lugar de sua casa onde passava mais tempo e onde se sentia mais confortável. Os vapores dos banhos constantes, lhe proporcionava alivio a  sua pele de dermatite,doença que naquela época se manifestara na superfície de sua barriga,joelhos e cotovelos. Dezenas de bolhas rosáceas que provocavam uma coceira dos infernos.
Naquele dia por algum milagre ou pelo o  seu corpo saber que em breve deixaria de cumprir a sua rotina fisiológica, a dermatite sossegara. Nenhuma coceira. Nenhum penique.Um

Charlotte Corday

Primeiro fora um amigo próximo ,depois  outro de infância. Ambos condenados à morte ,pelos textos de Marat ,o vil. Acusados e mortos sem nenhuma averiguação. Acusados e mortos por fofocas fantasiosas. Acusados e mortos. 
No entanto, hoje isso  mudaria. E como mudaria.
Subiu a calçada e bateu na porta três vezes.
Ela seria a última pessoa a quem Marat veria.
Marat

Relera a carta e sorrira: em breve, teria mais nomes. Mais traidores. a serem entregues , a serem decapitados  ou enforcados.
Charlotte Corday ao contrário dos outros informantes, era uma fonte certa e precisa já que era uma das células daquele partido execrável. Assim que recebera a carta ficara surpreso, porém contente : receberia uma lista de traidores.
Saiu da banheira e começou a vestir-se quando, de chofre, batem à porta.

Charlotte Corday

--Aguarde aqui que irei chamá-lo, senhora..?
-- Charlotte Corday, Charlotte Corday...--repetira para que não restasse dúvidas  de quem ela era a criada.
Pressionou a adaga que estava na pequena algibeira que carregava nas mãos. Adaga junto da lista dos falsos traidores.
Marat

--Mande-a  subir, Cecille--respondeu Marat à criada que batera na porta enquanto se trocava.

Charlotte Corday

Então,aquele era o desgraçado. Era mais repugnante pessoalmente.
--Prazer, em vê-lo,senhor Marat--diz estendendo a mão direita para que Marat a beijasse,mas quando percebera que este tinha pequenas verrugas  rubras no pescoço e braços a recolhe imediatamente.
-- O prazer é todo meu senhorita-- diz o cavalheiro recolhendo também a mão que estendera a ela.
E dissimulando a situação ela  diz:
.--Vamos logo ao que interessa: trouxe-lhe os nomes...--diz pegando da carta de sua algibeira.
Marat  aproxima-se ,  pega da carta e começa lê-la.
Enquanto isso, Corday aproveita e pega da adaga e avança em direção de Marat.

Marat 

Marat não conseguia entender o que estava escrito ali. Não acreditava no que estava lendo e que estava sendo vitima de uma brincadeira de  mal gosto. 
Levantou os olhos da carta, mas antes que percebesse o que acontecia , sentiu algo frio lhe perfurar o estômago.Dor lancinante.
Olhou para baixo : sangrava.Imediatamente levara a mão ao ventre,maculando de vermelho.Deixou a carta ir ao chão e finalmente olhando para cima, percebera o que acontecera.
Fora ela.
Charlotte Corday.
Morreria pelas mãos de uma mulher...
Charlotte tirou a adaga da barriga e viu o sangue vermelhíssimo  jorrar do buraco que fizera.
Marat caiu estupidamente ao chão.
Charlotte começou a esfaqueá-lo....

Charlotte Corday
Esfaqueou : 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10....
Até que sem energia, deixara de contar.O corpo lhe doía pelo esforço do esfaqueamento.O eviscerara.Não mais incomodaria.
Limpou a adaga no vestido e saiu correndo pela porta do quarto.Esbarrou na criada que vinha trazendo chá e brioches numa bandeja de prata.
--O que houve senhora?
Sem dar mais explicações,ruma em direção a saída da casa,mas antes de fechar a porta atrás de si,ouvira a criada gritar em desespero :
--Assassinato, Assassinato,Assassinato!!

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